Ban Ki-moon segura a camisa da Copa com membros do Comitê Organizador do evento/Foto: Divulgação
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegou no dia 8 de junho à África do Sul para representar a organização na Copa do Mundo de futebol. A presença da ONU no evento deve enfatizar que a competição será intensa, mas que o torneio representa muito mais do que a vitória e a derrota. Os membros da organização esperam que o mundial deixe um legado não só para a África do Sul, mas para toda a região.
A realização da disputa pela primeira vez no continente oferece oportunidade única para mudanças positivas na região, segundo comunicado do Escritório das Nações Unidas para o Esporte a Serviço da Paz e Desenvolvimento.
Durante a presença na África do Sul, Ban Ki-moon será acompanhado pelo enviado especial para a área de esporte, Wilfried Lemke. Em seu primeiro compromisso oficial, Ban jantou com presidente Jacob Zuma e promoveu a canção 8 Gols pela África, que faz parte de uma campanha de sensibilização no continente sobre as oito Metas do Milênio.
Outra iniciativa da ONU pretende aproveitar a competição para reforçar a campanha mundial de combate à infecção de bebês com o vírus HIV. Embaixadores do Programa das Nações Unidas sobre HIV-Aids (Unaids) querem que os capitães das seleções de futebol que vão disputar o mundial assinem um documento de apoio à prevenção da mortalidade materna e de bebês em decorrência da aids.
De acordo com informações das Nações Unidas no Brasil, a cada 90 minutos (duração de uma partida de futebol) quase 80 recém-nascidos são infectados com o vírus no mundo. Em 2008, 430 mil bebês foram infectados, sendo 90% na África Subsaariana.
A iniciativa da ONU tem o apoio do ex-capitão da seleção da Alemanha, Michael Ballack, e do jogador do Togo, Emmanuel Adebayor – ambos embaixadores do Unaids. Jogadores das equipes de Camarões, do Paraguai, do Uruguai e da África do Sul assinaram o documento.
Mortalidade materna
Outra Meta do Milênio destacada pelo secretário-geral esta semana foi a redução das taxas de mortalidade materna. Em discurso na segunda-feira, 7 de junho, durante abertura de conferência sobre saúde reprodutiva e materna em Washington, Ban Ki-moon classificou como “escândalo silencioso” as mortes de mulheres no parto.
Segundo o Secretário-Geral, algumas estatísticas recentes mostram que os avanços para reduzir o número de mulheres que morrem no parto são muito lentos, mas que existe um movimento global pelo fim dessas fatalidades e que 99% das mortes acontecem em países em desenvolvimento.
Ele disse ainda que alguns testes simples de sangue, consultas médicas e atendimento de qualidade, especialmente de parteiras, podem fazer uma grande diferença. Outros recursos, como acesso a alguns antibióticos básicos, transfusões de sangue, centro cirúrgico seguro e transporte eficiente, podem reduzir o risco a quase zero, afirmou.
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