sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Orquídeas conseguem se adaptar a mudanças climáticas

Pesquisadores do Jardim Botânico Real, no Reino Unido, que estudam a epigenética em orquídeas comuns revelaram que algumas plantas, como as orquídeas, se adaptam mais rapidamente às mudanças no ambiente do que eles pensavam.

A epigenética, que estuda as influências nas funções genéticas que ocorrem sem uma mudança na sequência do DNA (mas que podem ser herdadas), é um novo campo de estudo que está mudando a forma como os cientistas enxergam os seres vivos.

Os pesquisadores descobriram que uma variação epigenética pode influenciar muito o potencial de adaptação de uma espécie, afetando sua evolução em uma velocidade muito maior do que eles previam.

O estudo foi realizado em três espécies recém-formadas de orquídeas europeias (Dachtylorhiza) de origem híbrida, duas das quais ocorrem no Reino Unido.

Os resultados da pesquisa sugerem a importância que o ambiente tem de alterar características herdadas e de contribuir à biodiversidade, fazendo com que mudanças epigenéticas aconteçam mais rapidamente, em poucas gerações, do que a variação genética.

Esta nova evidência de que os efeitos ambientais sobre a atividade dos genes pode ser lembrada é muito significativa.

Segundo Ovidiu Paun, chefe das pesquisa, trocar um exemplar de uma espécie de seu ambiente original para um jardim botânico não é a melhor estratégia para sua preservação.

- Uma solução melhor é conservá-lo no estado selvagem.

Até pouco tempo, os cientistas diziam que as mutações genéticas (mudanças permanentes na sequência de DNA) eram a única fonte das novas características que poderiam passar de geração para geração, causando mudanças na forma como as espécies reagem ao ambiente em que vivem.

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