segunda-feira, 4 de abril de 2011

Bons Tempos

Visitando o museu parque do saber,assistimos vídeos espetaculares,ao me repousar no siléncio da noite passou um filme em minha mente. A Feira de Santana aos meus 12 anos, da fonte do mato venda as mulheres lavando roupas, no seu entorno a roça de milhos do Anorato da pamonha e da mandiócas para fazer a maniçoba que o mesmo vendia no carrinho de mão nas ruas da cidade com o seu timbre de vóz gritando quando era pamônha,vem ver o noratinho; quando era maniçoba,ele gritava; olhe a maniçóbarum...Alí de frente o feira IV o tanque da nação também era local das mulheres lavar roupas. Da lagoa do sangue,alí junto a Galileia,junto a lagoa do prato Raso,recebia toda sangria vindo do matadouro que ficava a esquerda da praça do Fórum, que no local onde está o fórum era o campo do gado; os bois eram puxados em plena rua para serem abatidos, quando alguns escapulia era uma festa pra galera. Da lagoa do subaé fonte de matéria prima para os fabricantes de colchões,para casal, solteiros etc,comercializados na grande feira livre as segundas feiras, aproveitávamos quando seu Paraíba ia buscar o capim vegetação da lagoa,enchimento dos colchões, no velho Ford modelo 36 deliciávamos com as águas da lagoa como que fosse praia. Do bando anunciador da festa de Santana na madrugada de um sábado para domingo. Da lavagem,e da lavagem da Matriz; das quermesse nas noites de Natal na praça da Matriz e depois na igreja dos Frades Capuchinhos, que tinha o presépio de natal que era a grande atracão.Os grandes comícios que agregava pessoas de todos bairros em volta dos palanques com direito a transmissões ao vivo das duas emissoras Radio sociedade ZYR3 e da Radio Cultura ZYN24 era uma festa cívica.Do desfile da rainha da micarêta e suas princesas sempre destacando as moças mais bonitas da sociedade, as fantasias luxuosissimas dos irmãos Charles, as grandes batalhas de confetes nos clubes sociais. Da fidalguia como as pessoas se vestiam para acompanhar a procissão da Senhora Santana, as retratas promovida pelas filarmónicas no coreto da Matriz, foi parte do filme que passou na minha mente numa retrospectiva de Feira de Santana nos meus 12 anos. Depois eu conto mais.

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