sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Setor ambiental vê Copa como oportunidade para 'economia verde'

Dois dias de discussão em Manaus mostraram o otimismo do setor ambiental e do governo no país para a sustentabilidade da Copa do Mundo de 2014, mas reforçaram a preocupação com o planejamento. O evento, organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), trouxe especialistas de países que sediarão Mundiais anteriores para dividir experiências sobre como reduzir o impacto ambiental de megaeventos esportivos como os previstos para o Brasil pelos
próximos anos. Mais do que isso - os discursos são de como aproveitar a oportunidade.

O embaixador britânico no Brasil, Alan Charlton, trouxe ao país um pouco sobre os preparativos para as Olimpíadas de Londres no ano que vem. O discurso, comum à maioria dos palestrantes estrangeiros, foi de foco no planejamento de longo prazo - ideal lembrado também pela maioria dos especialistas brasileiros.

- A ideia de sustentabilidade precisa ser pensada no início do planejamento para evitar os chamados elefantes brancos. Nós queremos um legado, e por isso é necessário pensar em tudo: no solo, na água, no transporte, tudo isso é muito importante. Eu acho que de forma geral, o planejamento e a construção nesses megaeventos esportivos dão um exemplo para
o futuro. Como vai o mundo planejar nos próximos 20 anos de forma sustentável?

O embaixador sul-coreano Bak-Hyung Lee - que participou da organização da Copa de 2002 - reforçou a importância do voluntariado. Já o conselheiro da Cidade do Cabo, na África do Sul, Brett Herron, lembrou do legado físico de parques e transporte público que ficaram para o país após o Mundial do ano passado. Um dos mais otimistas sobre os efeitos positivos de um grande evento esportivo no país era, no entanto, o espanhol Pablo Vaggione. Mestre em Desenvolvimento
Urbano, ele mostrou as melhorias ocorridas em Barcelona após as Olimpíadas de 1992, e disse que o Brasil também poderia se beneficiar com a credibilidade na realização de um grande evento, da transformação urbana e do despertar para a atenção sobre o planejamento urbano.

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