quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Brasil vai investir em encontros bilaterais para salvar conferência do Clima
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu nesta terça-feira (17) um "acordo político" entre as nações que quantifique as metas "tanto de redução das emissões de gás carbônico quanto de recursos disponíveis" para a Conferência do Clima que vai ocorrer em dezembro, em Copenhague, na Dinamarca. A estratégia é uma forma de contornar a decisão de China e Estados Unidos em não apresentar números para a conferência.
Entre os dias 7 e 18 de dezembro, representantes de 193 países estarão reunidos em Copenhague para tentar chegar a um novo acordo sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa. O novo acordo, se houver, substituirá o Protocolo de Kyoto, que deixa de vigorar em 2013.
Na opinião de Dilma, o mais importante neste momento não é definir se haverá ou não um acordo jurídico no encontro de dezembro, mas como os países trabalharão, até a data da conferência e no ano que vem, para alcançar os objetivos comuns de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.
O Brasil se propõe a reduzir até 39% das emissões de dióxido de carbono até 2020. “O Brasil e outros países, como Coreia do Sul e Indonésia, colocaram suas propostas na mesa. Esta é a nossa contribuição neste momento”, disse Dilma. “Agora vamos conversar por grupos ou em encontros bilaterais para que um acordo consistente seja feito até o fim do ano”, completou.
Segundo o comunicado da Casa Civil divulgado nesta terça, a conclusão de países em desenvolvimento e de nações europeias presentes à pré-conferência é que não é obrigatório um acordo em bases jurídicas até dezembro – mesmo porque os norte-americanos não aprovariam sua proposta no Congresso neste prazo –, mas consideram obrigatório um acordo político que quantifique as metas, tanto de redução das emissões de gás carbônico quanto de recursos disponíveis.
“O Brasil quer muito um acordo que não tenha só princípios, mas medidas concretas. O Brasil quer que os países desenvolvidos assumam metas de redução das suas emissões de gases causadores do efeito estufa e números concretos sobre recursos disponíveis para o financiamento dos países em desenvolvimento”, disse Dilma. “Se isso acontecer, teremos dado um grande passo”, concluiu a ministra.
Além da Casa Civil, integraram a delegação brasileira em Copenhague os Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia. Dilma chefiou a delegação brasileira que participou da reunião ministerial preparatória para a 15ª Conferência da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Copenhague
Fonte: ambientebrasil
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