quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ministro destaca políticas do governo para enfrentamento das mudanças climáticas

O Brasil não vai interromper seu desenvolvimento, ao adotar medidas para conter mudanças no clima, como a emissão de gases-estufa, principal causador do aquecimento no planeta. A avaliação foi feita pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em palestra realizada na manhã desta terça-feira (10) de novembro, durante o Seminário Políticas Públicas e Mudanças Climáticas, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília.
De acordo com o ministro, "o Brasil é um dos poucos países que podem emitir menos e produzir mais", graças aos recursos naturais que possui e às alternativas sustentáveis que podem ser originadas deles. Segundo Minc, as metas de redução nas emissões de gases-estufa que o país deve levar a Copenhague, em dezembro, na Conveção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), não comprometerão o crescimento do país.

Carlos Minc destacou a reunião ocorrida ontem, em São Paulo, entre o presidente Lula e ministros das pastas envolvidas na elaboração da proposta brasileira para a COP-15. "Ficou definido que o Brasil levará uma meta muito forte, de redução de 40% nas estimativas de emissões previstas para 2020", contou.

O ministro explicou que 20% são referentes à queda no desmatamento da Amazônia e a outra metade será proveniente de iniciativas que deverão ser implementadas em setores como a agricultura, por exemplo. "Ações como integração entre pecuária e lavoura, plantio direto e recuperação de áreas degradas podem ajudar significativamente na redução das emissões de gás carbônico pelo setor da agricultura", disse.

Sobre o desmatamento na Floresta Amazônica, Minc disse que, nos próximos dias, o presidente Lula vai anunciar dados que vão comprovar o menor desmatamento dos últimos 20 anos. "Os números que serão anunciados mostram que estamos no caminho certo."

Avanço - Para Minc, a posição do Brasil em relação a questões ambientais e do clima "evoluíram muito", e isso se deve ao fato de o país ter um inventário sobre as emissões, com as responsabilidades de cada setor, e de que as políticas de meio ambiente e clima já estejam permeando as políticas econômica e de desenvolvimento do país.

O ministro também lembrou do Fundo Clima, aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados. "O Brasil vai chegar a Copenhague como o único país que tem um fundo para financiar ações contra mudanças climáticas com recursos da exploração do petróleo, que é o combustível fóssil que mais emite CO²".

O ministro elogiou a iniciativa do TCU, em realizar seminário sobre o tema das mudanças climáticas. Para ele, todos os órgãos públicos deveriam seguir o exemplo, e se envolver nesse debate. Além de Carlos Minc, estiveram na cerimônia de abertura do encontro o presidente do TCU, ministro Ubiratan Aguiar, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. O seminário segue até esta quarta-feira (11) no TCU, sob coordenação do ministro Aroldo Cedraz.

(Fonte: Maiesse Gramacho/ MMA)

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