A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural aprovou na quarta-feira (26) a criação da Política Nacional de
Pagamento por Serviços Ambientais, que vai oferecer dinheiro às pessoas
que preservarem ou recuperarem o meio ambiente.
Pela proposta, serão remuneradas iniciativas de proteção ou renovação
dos solos; manutenção da biodiversidade; controle das emissões de gases
causadores do efeito estufa; manutenção do ciclo da água, entre outras.
Os recursos dos programas serão arrecadados por um fundo
específico, e o valor a ser pago pela preservação será definido por
uma comissão multidisciplinar.
A proposta ainda define como prioridade o pagamento pelos serviços
ambientais prestados em ecossistemas sob maior risco socioambiental, e
determina que só pode participar do programa quem comprovar o uso ou
ocupação regular do imóvel.
Substitutivo
O texto aprovado é o substitutivo do deputado Fábio Souto (DEM-BA) ao Projeto de Lei 792/07, do deputado Anselmo de Jesus (PT-RO), incorporando ao texto original parte do PL 5487/09, do Executivo, com o objetivo de criar uma política mais abrangente.
O texto aprovado é o substitutivo do deputado Fábio Souto (DEM-BA) ao Projeto de Lei 792/07, do deputado Anselmo de Jesus (PT-RO), incorporando ao texto original parte do PL 5487/09, do Executivo, com o objetivo de criar uma política mais abrangente.
“A ideia é que não basta apenas cobrar de quem polui ou degrada, é
preciso destinar recursos a quem voluntariamente garante a oferta de
serviços ambientais, dando caráter prático ao princípio do
provedor-recebedor”, argumentou Fábio Souto, que destacou experiências
nacionais e internacionais de pagamento por serviços ambientais.
Na avaliação do deputado Anselmo de Jesus, a opção por incorporar o
projeto do Executivo baseia-se no fato de o texto do governo criar o
fundo que vai financiar a política de pagamento por serviços ambientais.
“Como o Executivo é a esfera política que tem poder para criar a fonte
financiadora, é natural que ele tenha destaque”, disse o deputado.
Segundo ele, a espinha dorsal do seu projeto está contemplado na
proposta aprovada.
Consenso
Para Anselmo de Jesus, a aprovação do texto na Comissão de Agricultura mostra que ruralistas e ambientalistas chegaram a um consenso sobre o pagamento de serviços ambientais.
Para Anselmo de Jesus, a aprovação do texto na Comissão de Agricultura mostra que ruralistas e ambientalistas chegaram a um consenso sobre o pagamento de serviços ambientais.
A proposta, segundo ele, atende aos interesses de ambientalistas e de
produtores, pois vai acabar a posição desfavorável do agricultor que
preserva comprometendo a renda da área produtiva. “Vamos acabar com as
injustiças entre aquele agricultor que preserva a sua área e não gera
renda familiar e os vizinhos que devastam e ganham mais dinheiro”,
argumentou.
Fonte; Agência Câmara
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