O responsável da ONU sobre mudança climática, Yvo de Boer, afirmou na segunda-feira (3) que é preciso fortalecer as “relações de confiança” entre os membros das Nações Unidas danificadas após a cúpula climática de Copenhague.
No segundo dia do “Diálogo Climático de Petersberg”, que ocorre até esta terça-feira (4) em Königswinter (oeste da Alemanha), Boer disse que o processo negociador “ficou seriamente prejudicado” depois que vários países criticassem sua exclusão do diálogo e defendeu por intensificar a confiança e a transparência do processo.
O “Diálogo Climático de Petersberg”, que ontem foi aberto pela chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente mexicano, Felipe Calderón, prevê impulsionar o diálogo internacional sobre a redução de emissões poluentes com 45 delegações ministeriais diante da próxima Cúpula de Cancún (México) de finais de ano.
Apesar do objetivo da ONU de que em Cancún surja um tratado vinculativo de redução de emissões, que substitua o Protocolo de Kyoto uma vez este expira em 2012, Boer se mostrou cauteloso e defendeu por um pacto que permita seguir trabalhando e aumentando os objetivos de redução.
Assinalou que o tratado legal não será possível até que os países comprovem “que existe um sistema viável” e o referendem. “Se não, seria como pedir-lhes que assinassem um cheque em branco”, argumentou.
Na sua opinião, essa cúpula “não dará todas as respostas” necessárias na luta contra o aquecimento global, mas abrirá caminho para uma solução que não será “nem suficiente, nem definitiva, nem suficientemente boa”.
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