Período Reprodutivo: julho a dezembro
Locais de observação: Campo, Cerrado, Rios, corixos e baías.
Ave relacionada aos campos do Rio Grande do Sul, na verdade comum em todo o país. Ocupa campos, margens de rios e brejos, com vegetação baixa e dominada por gramíneas. Acostuma-se com a presença humana, aparecendo em gramados, pastos e áreas alteradas, com pouca vegetação arbustiva ou adensada.
Muito agressivo, ataca outros quero-queros entrando no território. Possui um grito de alarme alto e contínuo, entendido como quero-quero ou téo-téo, conforme a região do país. A primeira forma é a mais usual no Pantanal.
Ovos e filhotes são fortemente defendidos pelos pais, os quais fazem vôos rasantes sobre os intrusos. Algumas vezes, rebanhos pastando ou caminhando próximo ao ninho são espantados pelo quero-quero, razão para seu outro nome, espanta-boiada. Mesmo durante a noite, mantém-se alerta e avisa de intrusos, parecendo que nunca dorme. Em alguns lugares, quem sofre de insônia diz ter dormido como um quero-quero.
Fora do período reprodutivo, ocasionalmente aceita a presença de outras aves da mesma espécie, formando pequenos grupos. Os filhotes são afastados do território do casal logo antes da nova estação reprodutiva.
Alimenta-se de insetos e minhocas, encontrados entre os capins baixos ou nas bordas dos brejos. Apesar de pernalta, raramente entra na água. Nos primeiros dias de vida, os filhotes são alimentados pelos adultos com insetos e minhocas recém-capturados.
Não chegam a construir um ninho propriamente dito, colocando seus 4 ovos em uma depressão do terreno, muito camuflada com o entorno e onde os ovos, escuros e com bolas marrons, ficam praticamente invisíveis. Se algo perturba a ave chocando, ela afasta-se do ninho andando abaixada. A uma distância segura dos ovos, levanta vôo e dá o alarme, voando contra o invasor. Depois de 27 dias de choco, os filhotes nascem e logo começam a caminhar com os pais, possuem uma penugem escura, com a barriga branca e áreas de branco na nuca. Após um mês, adquirem a plumagem do adulto, onde há uma mescla de cores nas costas e asas. Os olhos, grandes, são avermelhados, rodeados por uma pele nua vermelha. Na nuca, o penacho pontudo e destacado da cabeça. Ao voar, mostram fortes contrastes de branco e negro nas asas. Quando excitados, fazem vôos territoriais com lentas batidas de asas, quase como uma grande borboleta.
Ao pousar, o casal mantém as asas entreabertas e viradas para trás, sobre as costas, destacando o esporão avermelhado. Esse esporão é utilizado em posturas rituais, sem tornar-se uma arma de ataque.
Residente na RPPN, faz alguns movimentos locais durante o período de cheias e vazantes.
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