Dentre os efeitos das mudanças climáticas estão o aumento dos níveis do mar, a redução das geleiras e a floração precoce. Agora um novo fenômeno pode ser adicionado a essa lista: o aumento na quantidade de lixo espacial.
As camadas superiores da atmosfera atuam como freios em satélites desativados. Ao reduzir a velocidade desses satélites, as camadas altas da atmosfera fazem com que eles saiam de órbita, caiam e queimem.
Arrun Saunders e Hugh Lewis, da Universidade de Southampton, no Reino Unido, estudaram as órbitas de 30 satélites nos últimos 40 anos e observaram um aumento gradual no tempo que eles permanecem em órbita.
Eles atribuem o fenômeno à redução na densidade da camada superior da atmosfera causada pelo aumento nos níveis de gás carbônico.
Os pesquisadores calculam que a densidade da atmosfera a 300 quilômetros de altitude esteja sendo reduzida em 5% a cada década.
“Como há um menor freio molecular na atmosfera, o lixo espacial pode ficar até 25% mais tempo em órbita”, diz Lewis.
Isso aumenta o risco de colisões com satélites e torna mais arriscado o lançamento de espaçonaves.
Segundo os pesquisadores, agências espaciais precisam se preparar para a remoção de mais lixo espacial do que o esperado. O trabalho foi apresentado em uma conferência em Boulder, Colorado, na semana passada. (Fonte: Folha.com)
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