A viagem que a chanceler alemã, Angela Merkel, realiza pela Alemanha para conhecer as necessidades e o funcionamento da rede energética do país foi acompanhada nesta quinta-feira (26) por protestos de ativistas contrários à continuidade do funcionamento das usinas nucleares.
Dezenas de manifestantes com tratores esperaram Merkel à entrada da usina nuclear de Lingen, no Estado da Baixa Saxônia (ao norte). A chancelar estava acompanhada do ministro do Meio Ambiente, Norbert Röttgen, e do presidente do consórcio energético RWE, Jürgen Grossmann.
A polícia assinalou que, antes da chegada de Merkel, um grupo da organização ambientalista Greenpeace conseguiu projetar enormes letras sobre a torre de refrigeração da usina nuclear com a mensagem: "A energia nuclear é a via errônea, senhora Merkel!".
Os ativistas expressaram sua rejeição às reflexões da coalizão democrata-cristã-liberal, liderada por Merkel, sobre a possibilidade de prolongar a vida das usinas nucleares em troca de novos impostos às empresas energéticas para garantir a provisão de eletricidade.
SETEMBRO
A visita à usina nuclear de Lingen é a quarta etapa da viagem de Merkel para conhecer a realidade energética do país com vistas ao novo conceito sobre a combinação de distintas energias que seu governo quer aprovar no fim de setembro.
Ao longo do dia, Merkel visitará ainda uma moderna usina térmica de gás, uma central bioenergética em Emsbüren e uma usina térmica de carvão na localidade de Lünen, no Estado federado da Renânia do Norte-Vestfália.
Enquanto isso, o ministro de Economia alemão, o liberal Rainer Brüderle, expressou sua rejeição à iniciativa de seus membros democratas-cristãos de taxar as empresas proprietárias de usinas nucleares com um imposto suplementar.
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