Autoridades na China estão usando mais de 23 toneladas de bactérias que se alimentam de petróleo para ajudar a limpar o derramamento de óleo no mar Amarelo causado pela explosão e subsequente incêndio de um duto no fim de semana, informou nesta terça (20) a agência de notícias oficial Xinhua.
China luta para conter petróleo e afasta equipe do Greenpeace
Yang Jiesen, chefe da divisão de pesquisa e desenvolvimento de uma empresa de biotecnologia de Beijing, disse que a Administração de Segurança Marítima encomendou bactérias no sábado.
Dezenas de navios-escumadeira e centenas de barcos de pesca trabalharam para remover o óleo da cidade portuária de Dalian, no nordeste da China, após o acidente na sexta, que resultou no vazamento de 1.500 toneladas de óleo no mar.
É a primeira vez que a China usa biotecnologia para resolver um problema ambiental. O processo, conhecido como biorremediação, usa micro-organismos para quebrar alguns hidrocarbonetos tóxicos presentes no óleo, transformando-os em compostos menos prejudiciais. O procedimento foi usado para mitigar o vazamento do navio Exxon Valdez no Alaska em 1989.
O incidente em Dalian afetou o transporte de petróleo para o sul da China, pois o porto foi parcialmente fechado, mas as refinarias estão processando óleo estocado, então os preços não devem ser afetados, informou a Xinhua.
Enquanto isso, trabalhadores em Dalian estão usando barreiras para prevenir o espalhamento do maré negra. Mas existe o risco de que chuvas e vento fortes piorem a situação.
Até agora, pelo menos 46 toneladas de óleo foram capturadas. Inicialmente, o derrame cobria 50 km2, mas foi reduzido para 45 km2. Mas a agência Xinhua informou que uma coluna marrom escura estendeu-se por pelo menos 183 km2 sobre o oceano.
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