Pesquisadores da Universidade da Califórnia apontam os riscos do consumo excessivo de açúcar para a saúde e defendem a criação de medidas de regulamentação para o produto.
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Em artigo intitulado “A verdade sobre a toxicidade do açúcar”, publicado em 01 de fevereiro na Revista Nature, Robert Lustig, Laura Schmidt e Claire Brindis, da Universidade da Califórnia discutem que o consumo excessivo de açúcar gera riscos à saúde e causa dependência, à semelhança do que ocorre com o álcool e no tabaco.
De acordo com os pesquisadores é um equívoco considerar o açúcar como um produto com “calorias vazias”, pois não há nada de vazio nestas calorias.
Se avolumam evidências de estudos que permitem a comparação entre a dependência causada pelo consumo de açúcar, com a dependência causada pelo álcool e pelo tabaco. A população adulta americana consome diariamente 22 colheres de chá, já os adolescentes consomem 34 colheres do produto.
Para diminuir o consumo excessivo, os autores defendem a taxação de alimentos açucarados e o controle de vendas dos mesmos para menores de 17 anos já que o consumo de açúcar triplicou nos últimos 50 anos, ajudando a criar uma pandemia global de obesidade que contribuiu para a ocorrência de 35 milhões de mortes anuais em todo o mundo devido a doenças não infecciosas, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.
O professor do Depto de Pediatria e do Centro para Avaliação, Estudo e Tratamento da Obesidade, da Universidade da Califórnia, Lusting diz “que assim como existem gorduras boas e más, carboidratos e aminoácidos bons e ruins, também existem calorias boas e más” entretanto, segundo ele, o açúcar “chega a ser tóxico além de suas calorias.”
Segundo Kelly Brownell, diretora do Centro Rudd de Política Alimentar e Obesidade, da Universidade de Yale, a indústria de alimentos tenta dar a entender que “uma caloria é apenas uma caloria” entretanto, estudos sugerem que há algo diferente relacionado ao açúcar.
Outros dados apresentados indicam que que o excesso de açúcar pode levar ao aumento da pressão arterial, comprometer a atividade hormonal além de prejudicar o fígado, causando reações semelhantes às provocadas pelo efeito do álcool. Os pesquisadores também tem investigado o efeito do açúcar no cérebro e como o organismo absorve as calorias advindas dessa substância, sugerindo que o açúcar ativa mecanismos de recompensa no cérebro, semelhantes aos causados por drogas tradicionais como morfina e heroína. Segundo Brownell “os efeitos confirmam o que as pessoas dizem superficialmente, que anseiam por açúcar e que sua ausência causa sensações de abstinência, semelhantes às causadas pela diminuição do consumo de álcool e tabaco”.
Há também um consenso bastante desfavorável em relação às bebidas açucaradas pois, de acordo com Brownell “quando as calorias vêm em líquido, o corpo não se sente tão satisfeito” e, por essa razão “as pessoas acabam consumindo cada vez mais calorias.”
Países como França, Dinamarca, Grécia e algumas cidades e estados dos EUA tem adotado a taxação de refrigerantes. Medidas como esta, no entanto, não são unânimes e são utilizados argumentos tais como a não preocupação com a saúde e a valorização da satisfação pessoal e prazer de muitas pessoas.
Os professores sugerem campanhas públicas de informação para que as pessoas conheçam as conseqüências dos atuais padrões de consumo. Também sugerem que “algumas intervenções que reduziram o consumo de álcool e tabaco podem ser utilizadas como modelo para abordar o problema com o açúcar, entre elas estão: a taxação, o controle do consumo e exigência de licença para venda de alimentos com teores elevados de açúcar em máquinas de venda automática ou em lanchonetes de escolas ou locais de trabalho.”
“Não estamos falando em proibição” disse Schimdt, “Estamos apenas tentando convencer o governo a proteger a saúde da população por meio de medidas de regulatórias que possam diminuir o consumo de açúcar. Queremos aumentar o poder de escolha da população buscando tornar alimentos mais saudáveis, que tenham menor teor de açúcares, mais baratos e acessíveis à população”.
De acordo com os pesquisadores é um equívoco considerar o açúcar como um produto com “calorias vazias”, pois não há nada de vazio nestas calorias.
Se avolumam evidências de estudos que permitem a comparação entre a dependência causada pelo consumo de açúcar, com a dependência causada pelo álcool e pelo tabaco. A população adulta americana consome diariamente 22 colheres de chá, já os adolescentes consomem 34 colheres do produto.
Para diminuir o consumo excessivo, os autores defendem a taxação de alimentos açucarados e o controle de vendas dos mesmos para menores de 17 anos já que o consumo de açúcar triplicou nos últimos 50 anos, ajudando a criar uma pandemia global de obesidade que contribuiu para a ocorrência de 35 milhões de mortes anuais em todo o mundo devido a doenças não infecciosas, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.
O professor do Depto de Pediatria e do Centro para Avaliação, Estudo e Tratamento da Obesidade, da Universidade da Califórnia, Lusting diz “que assim como existem gorduras boas e más, carboidratos e aminoácidos bons e ruins, também existem calorias boas e más” entretanto, segundo ele, o açúcar “chega a ser tóxico além de suas calorias.”
Segundo Kelly Brownell, diretora do Centro Rudd de Política Alimentar e Obesidade, da Universidade de Yale, a indústria de alimentos tenta dar a entender que “uma caloria é apenas uma caloria” entretanto, estudos sugerem que há algo diferente relacionado ao açúcar.
Outros dados apresentados indicam que que o excesso de açúcar pode levar ao aumento da pressão arterial, comprometer a atividade hormonal além de prejudicar o fígado, causando reações semelhantes às provocadas pelo efeito do álcool. Os pesquisadores também tem investigado o efeito do açúcar no cérebro e como o organismo absorve as calorias advindas dessa substância, sugerindo que o açúcar ativa mecanismos de recompensa no cérebro, semelhantes aos causados por drogas tradicionais como morfina e heroína. Segundo Brownell “os efeitos confirmam o que as pessoas dizem superficialmente, que anseiam por açúcar e que sua ausência causa sensações de abstinência, semelhantes às causadas pela diminuição do consumo de álcool e tabaco”.
Há também um consenso bastante desfavorável em relação às bebidas açucaradas pois, de acordo com Brownell “quando as calorias vêm em líquido, o corpo não se sente tão satisfeito” e, por essa razão “as pessoas acabam consumindo cada vez mais calorias.”
Países como França, Dinamarca, Grécia e algumas cidades e estados dos EUA tem adotado a taxação de refrigerantes. Medidas como esta, no entanto, não são unânimes e são utilizados argumentos tais como a não preocupação com a saúde e a valorização da satisfação pessoal e prazer de muitas pessoas.
Os professores sugerem campanhas públicas de informação para que as pessoas conheçam as conseqüências dos atuais padrões de consumo. Também sugerem que “algumas intervenções que reduziram o consumo de álcool e tabaco podem ser utilizadas como modelo para abordar o problema com o açúcar, entre elas estão: a taxação, o controle do consumo e exigência de licença para venda de alimentos com teores elevados de açúcar em máquinas de venda automática ou em lanchonetes de escolas ou locais de trabalho.”
“Não estamos falando em proibição” disse Schimdt, “Estamos apenas tentando convencer o governo a proteger a saúde da população por meio de medidas de regulatórias que possam diminuir o consumo de açúcar. Queremos aumentar o poder de escolha da população buscando tornar alimentos mais saudáveis, que tenham menor teor de açúcares, mais baratos e acessíveis à população”.