Cientistas anunciaram nesta quinta-feira (29) que duas colônias do camarão-girino, considerada por especialistas a espécie animal mais velha do mundo ainda vivo – foram encontradas no Reino Unido.
Esse tipo de camarão é raro e corre risco de extinção, mas os estudiosos disseram ao site britânico Telegraph que deve haver mais animais desse tipo na região de Caerlaverock.
Pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, contam que o Triops cancriformis continua praticamente igual ao que era há 200 milhões de anos.
Antes de morrer quando estão em locais com pouca água, os adultos podem deixar milhares de ovos que sobrevivem por muitos anos até que a água retorne e dê condições para o nascimento dos filhotes.
Isso acontece porque essa espécie tem órgãos reprodutores masculino e feminino.
Os ovos recém-descobertos estavam na lama de piscinas – o animal passou por uma adaptação evolutiva para viver temporariamente nesse tipo de lugar.
A lama foi secada, depois passou foi molhada e amostras foram colocadas em pequenos aquários.
Em poucas semanas, um exemplar do camarão-girino nasceu e nadou no aquário.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Quem mais preserva no Brasil é o produtor rural, diz ministro
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou nesta quinta (29) que é preciso compatibilizar o aumento da produção de alimentos no país com a preservação do meio ambiente. Segundo ele, o governo tem estimulado práticas de não agressão ao meio ambiente, mas é preciso "ter os pés no chão".
"As pessoas que, às vezes, defendem a natureza têm uma boa intenção, mas não conhecem o processo produtivo rural, não são capazes de entender que é perfeitamente possível compatibilizar [produção e preservação].
Ninguém quer que haja erosão, assoreamento, ninguém deixa de proteger um manancial na sua propriedade. Quem mais preserva no Brasil é o produtor rural", disse, ao comentar o novo Código Florestal brasileiro.
Durante entrevista a emissoras de rádio no programa Bom Dia, Ministro, Rossi avaliou que a nova legislação não prejudicou em nada a preservação, apenas representou um "entendimento" de como o processo produtivo acontece no Brasil. "Produzir e preservar não são incompatíveis", reforçou.
O ministro destacou ainda a importância de investimentos na chamada floresta plantada, uma vez que ela diminui a agressão em florestas naturais. Uma das áreas mais promissoras nesse setor, segundo ele, são as florestas de eucalipto que, com financiamentos específicos, despertam o interesse de empresários.
"Os ambientalistas têm todo o direito a ideias e opiniões, mas não podem parar o país", disse. "Os ambientalistas que me desculpem, mas não podem fazer regras contra o povo, contra quem está levando o Estado para frente. Temos que ter cautela, normas. E elas serão respeitadas", completou Rossi.
"As pessoas que, às vezes, defendem a natureza têm uma boa intenção, mas não conhecem o processo produtivo rural, não são capazes de entender que é perfeitamente possível compatibilizar [produção e preservação].
Ninguém quer que haja erosão, assoreamento, ninguém deixa de proteger um manancial na sua propriedade. Quem mais preserva no Brasil é o produtor rural", disse, ao comentar o novo Código Florestal brasileiro.
Durante entrevista a emissoras de rádio no programa Bom Dia, Ministro, Rossi avaliou que a nova legislação não prejudicou em nada a preservação, apenas representou um "entendimento" de como o processo produtivo acontece no Brasil. "Produzir e preservar não são incompatíveis", reforçou.
O ministro destacou ainda a importância de investimentos na chamada floresta plantada, uma vez que ela diminui a agressão em florestas naturais. Uma das áreas mais promissoras nesse setor, segundo ele, são as florestas de eucalipto que, com financiamentos específicos, despertam o interesse de empresários.
"Os ambientalistas têm todo o direito a ideias e opiniões, mas não podem parar o país", disse. "Os ambientalistas que me desculpem, mas não podem fazer regras contra o povo, contra quem está levando o Estado para frente. Temos que ter cautela, normas. E elas serão respeitadas", completou Rossi.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Assembleia da ONU declara direito à água, mas com polêmica
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta quarta-feira (28) uma resolução afirmando o direito universal à água e ao saneamento, porém mais de 40 países se abstiveram, dizendo que o tema não está contemplado no direito internacional.
Cerca de 884 milhões de pessoas carecem de acesso à água potável no planeta, mais de 2,6 milhões não têm saneamento básico, e cerca de 1,5 milhão de crianças menores de 5 anos morrem a cada ano por causa de doenças vinculadas à água e ao saneamento, segundo países patrocinadores da resolução.
A medida, que foi apresentada pela Bolívia e não é de cumprimento obrigatório, diz que o direito à água potável e ao saneamento é "um direito humano essencial ao pleno desfrute da vida e de todos os direitos humanos."
E, numa cláusula que parece lançar sobre os países ricos o ônus de corrigir a situação, o texto pede aos governos e organizações internacionais que "intensifiquem os esforços" para fornecer água potável e saneamento a todos.
A resolução foi aprovada por 122 votos a favor, nenhum contra e 41 abstenções, principalmente de países desenvolvidos.
CONSULTORA
Os países que se abstiveram alegaram que uma especialista independente, a advogada portuguesa Catarina de Albuquerque, deve apresentar no ano que vem ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, as obrigações dos países a respeito de água e saneamento.
Eles acusaram os patrocinadores da resolução de tentarem esvaziar as conclusões da especialista.
John Sammis, representante dos EUA, disse que a resolução "fica aquém de obter o apoio unânime dos Estados membros e pode até prejudicar o trabalho em andamento em Genebra." Ele disse que a apresentação da resolução foi precipitada.
A delegada britânica Nicola Freedman afirmou que Londres "não acredita que exista no momento suficiente base legal sob o direito internacional para declarar ou reconhecer a água ou o saneamento como direitos humanos à parte."
Já a entidade norte-americana Food & Water Watch qualificou a resolução como histórica. "É hora de chegar ao consenso de que os pobres do mundo merecem o reconhecimento desse direito humano, sem mais demora ou equívoco", disse o grupo em nota na qual acusou os EUA de "obstruírem o reconhecimento do direito humano à água."
Cerca de 884 milhões de pessoas carecem de acesso à água potável no planeta, mais de 2,6 milhões não têm saneamento básico, e cerca de 1,5 milhão de crianças menores de 5 anos morrem a cada ano por causa de doenças vinculadas à água e ao saneamento, segundo países patrocinadores da resolução.
A medida, que foi apresentada pela Bolívia e não é de cumprimento obrigatório, diz que o direito à água potável e ao saneamento é "um direito humano essencial ao pleno desfrute da vida e de todos os direitos humanos."
E, numa cláusula que parece lançar sobre os países ricos o ônus de corrigir a situação, o texto pede aos governos e organizações internacionais que "intensifiquem os esforços" para fornecer água potável e saneamento a todos.
A resolução foi aprovada por 122 votos a favor, nenhum contra e 41 abstenções, principalmente de países desenvolvidos.
CONSULTORA
Os países que se abstiveram alegaram que uma especialista independente, a advogada portuguesa Catarina de Albuquerque, deve apresentar no ano que vem ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, as obrigações dos países a respeito de água e saneamento.
Eles acusaram os patrocinadores da resolução de tentarem esvaziar as conclusões da especialista.
John Sammis, representante dos EUA, disse que a resolução "fica aquém de obter o apoio unânime dos Estados membros e pode até prejudicar o trabalho em andamento em Genebra." Ele disse que a apresentação da resolução foi precipitada.
A delegada britânica Nicola Freedman afirmou que Londres "não acredita que exista no momento suficiente base legal sob o direito internacional para declarar ou reconhecer a água ou o saneamento como direitos humanos à parte."
Já a entidade norte-americana Food & Water Watch qualificou a resolução como histórica. "É hora de chegar ao consenso de que os pobres do mundo merecem o reconhecimento desse direito humano, sem mais demora ou equívoco", disse o grupo em nota na qual acusou os EUA de "obstruírem o reconhecimento do direito humano à água."
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Aquecimento pode obrigar cidades a repor areia das praias, diz cientista
As cidades litorâneas do Brasil precisam se preparar para comprar areia. Muita areia. Segundo o pesquisador Dieter Muehe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a elevação do nível dos mares pelo aquecimento global pode obrigar os municípios a reporem as praias “engolidas” pelo oceano.
De acordo com Muehe, esse tipo de intervenção – comum em locais em que o mar causa muita erosão – pode se tornar cada vez mais necessária nas praias urbanas, pois nelas a areia não pode recuar em direção ao continente com a subida do nível do mar, já que na maior parte dos casos há muros ou ruas na beira da água.
O pesquisador, autor do estudo “Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro”, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2007, é considerado um dos maiores especialistas brasileiros no estudo do litoral.
Edifícios – Segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), da ONU, a elevação da temperatura do planeta pode causar um aumento entre 18 e 59 cm no nível do mar até 2100. A previsão, apesar já ser preocupante, é considerada modesta por muitos especialistas.
Além de garantir de volta a área usada pelos banhistas, preencher novamente as praias poderia proteger as construções litorâneas, segundo o pesquisador da UFRJ. “Se não for feito o aterramento, os muros que cercam as praias vão junto com a erosão e o mar vai começar a atingir os prédios”, explicou o especialista durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre nesta semana em natal.
Boa qualidade – Devolver a areia às praias, contudo, não será tarefa simples. “É necessário avaliar de onde tirar areia, já que a que vai ser colocada tem que ser parecida com a original”, avisa Muehe. A matéria-prima usada na construção, por exemplo, seria muito grossa, além de cara.
Uma possível fonte de areia de boa qualidade é a que fica próxima às praias, no fundo do mar, explica o pesquisador. “Uma área em que a areia pode ser retirada é a plataforma continental, mas não pode ser em profundidades maiores do que 10 metros, pois ficaria muito próximo à costa, e também não pode ficar muito longe, pois aí a areia começa a juntar com lama, com carbonato.”
Outro problema, explica o especialista, é que a obra teria que ser refeita de tempos em tempos, já que as ondas tenderão a levar a areia de volta para o mar.
Ventos – Muehe conta que não é apenas o aumento do nível do mar que pode interferir no desaparecimento de algumas praias. Com o aquecimento global, pode haver mudança de direção dos ventos, quebrando o equilíbrio natural de transporte de sedimentos no mar.
Outro fator que pode diminuir a areia nas praias é a construção de barragens nos rios, já que elas impedem as grandes enchentes, responsáveis por levar terra para o mar.
Em situações específicas, de acordo com Muehe, a elevação dos oceanos pode causar o aumento da faixa de areia. É o que pode acontecer se as ondas atingirem falésias – penhascos à beira mar, mais comuns no Nordeste Brasileiro. Nesse caso, a erosão poderá desgastar as rochas e aumentar a disponibilidade de areia. Isso só ocorreria, contudo, em locais onde não houvesse barreiras artificiais em volta da praia. (Fonte: Iberê Thenório/ G1)
De acordo com Muehe, esse tipo de intervenção – comum em locais em que o mar causa muita erosão – pode se tornar cada vez mais necessária nas praias urbanas, pois nelas a areia não pode recuar em direção ao continente com a subida do nível do mar, já que na maior parte dos casos há muros ou ruas na beira da água.
O pesquisador, autor do estudo “Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro”, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2007, é considerado um dos maiores especialistas brasileiros no estudo do litoral.
Edifícios – Segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), da ONU, a elevação da temperatura do planeta pode causar um aumento entre 18 e 59 cm no nível do mar até 2100. A previsão, apesar já ser preocupante, é considerada modesta por muitos especialistas.
Além de garantir de volta a área usada pelos banhistas, preencher novamente as praias poderia proteger as construções litorâneas, segundo o pesquisador da UFRJ. “Se não for feito o aterramento, os muros que cercam as praias vão junto com a erosão e o mar vai começar a atingir os prédios”, explicou o especialista durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre nesta semana em natal.
Boa qualidade – Devolver a areia às praias, contudo, não será tarefa simples. “É necessário avaliar de onde tirar areia, já que a que vai ser colocada tem que ser parecida com a original”, avisa Muehe. A matéria-prima usada na construção, por exemplo, seria muito grossa, além de cara.
Uma possível fonte de areia de boa qualidade é a que fica próxima às praias, no fundo do mar, explica o pesquisador. “Uma área em que a areia pode ser retirada é a plataforma continental, mas não pode ser em profundidades maiores do que 10 metros, pois ficaria muito próximo à costa, e também não pode ficar muito longe, pois aí a areia começa a juntar com lama, com carbonato.”
Outro problema, explica o especialista, é que a obra teria que ser refeita de tempos em tempos, já que as ondas tenderão a levar a areia de volta para o mar.
Ventos – Muehe conta que não é apenas o aumento do nível do mar que pode interferir no desaparecimento de algumas praias. Com o aquecimento global, pode haver mudança de direção dos ventos, quebrando o equilíbrio natural de transporte de sedimentos no mar.
Outro fator que pode diminuir a areia nas praias é a construção de barragens nos rios, já que elas impedem as grandes enchentes, responsáveis por levar terra para o mar.
Em situações específicas, de acordo com Muehe, a elevação dos oceanos pode causar o aumento da faixa de areia. É o que pode acontecer se as ondas atingirem falésias – penhascos à beira mar, mais comuns no Nordeste Brasileiro. Nesse caso, a erosão poderá desgastar as rochas e aumentar a disponibilidade de areia. Isso só ocorreria, contudo, em locais onde não houvesse barreiras artificiais em volta da praia. (Fonte: Iberê Thenório/ G1)
Desmate destruiu 1,23% do pampa gaúcho em 6 anos
Entre 2002 e 2008, o pampa gaúcho teve 1,23% de sua área destruída, totalizando 2.200 km2 de desmate, indica levantamento inédito do Ministério do Meio Ambiente.
O bioma com gramíneas e plantas rasteiras tem hoje só 36% da extensão original, mesmo tendo sido o que menos sofreu em anos recentes.
Dos 177,8 mil km2 do bioma no Brasil, calcula-se o abate de 364 km2 ao ano. "Sabíamos que havia perda, mas não sabíamos a magnitude", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Segundo ela, a pecuária foi o motor da devastação ao longo dos anos. "Um pico de entrada de soja" explicaria o desmatamento mais recente.
Já se sabe com precisão que restam 52% do Cerrado, 54% da Caatinga e 85% da Amazônia (número depende do critério usado). No mês que vem, o ministério divulga dados da Mata Atlântica, único bioma ainda sem análise recente por satélite.
O bioma com gramíneas e plantas rasteiras tem hoje só 36% da extensão original, mesmo tendo sido o que menos sofreu em anos recentes.
Dos 177,8 mil km2 do bioma no Brasil, calcula-se o abate de 364 km2 ao ano. "Sabíamos que havia perda, mas não sabíamos a magnitude", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Segundo ela, a pecuária foi o motor da devastação ao longo dos anos. "Um pico de entrada de soja" explicaria o desmatamento mais recente.
Já se sabe com precisão que restam 52% do Cerrado, 54% da Caatinga e 85% da Amazônia (número depende do critério usado). No mês que vem, o ministério divulga dados da Mata Atlântica, único bioma ainda sem análise recente por satélite.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Arara ameaçada de extinção no Brasil nasce na Espanha
Um filhote de plumagem azul brilhante que aprende timidamente a comer é a quinta arara Spix a nascer na Espanha, uma vitória ambiental para esta ave extinta em seu habitat natural, a caatinga brasileira, da qual só existem 73 exemplares no mundo.
Nascida em março, a ave é do governo do Brasil, que encomendou há 20 anos à ONG Loro Parque Fundación o projeto específico de recuperação da arara de Spix, no qual o centro radicado na ilha espanhola de Tenerife investiu mais de US$ 720 mil. Como resultado, já conta com oito animais.
Rafael Zamora, biólogo do Departamento de Conservação do centro, explica que a Loro Parque Fundación é a maior reserva genética do mundo de psitácidas (papagaios, araras, periquitos, cacatuas, papagaios e periquitos), com um criadouro único com mais de 4.100 aves.
Por ano, no centro nascem 1.500 pássaros. Para o biólogo, o mais importante é que o centro representa um marco da reprodução de espécies extintas no ambiente natural.
É o caso da arara Spix, também conhecida como ararinha azul, extinta desde 2000 na caatinga brasileira, uma floresta primitiva de clima árido.
Nessa região vivia esta arara de voz especial e de tom azul único na natureza, de aparência frágil e delicada e que pode viver até 50 anos.
CATIVEIRO
O último exemplar em liberdade desapareceu pouco tempo após ser descoberta a espécie, devido às capturas.
Foi então que o governo brasileiro encomendou à Loro Parque Fundación a recuperação da espécie, pois o centro teve sucesso na reprodução de outras aves e no país de origem havia casais em cativeiro que não conseguiam se reproduzir.
O Brasil realizou a troca de exemplares na ilha, também em cativeiro, e há 14 anos nasceu a primeira arara Spix em Tenerife, fêmea que agora é a mãe do filhote.
O biólogo comenta que Tenerife é o local perfeito para estas aves pelo clima ameno e porque reproduz as mesmas condições do habitat natural, com uma dieta adequada e inclusive mais rica que em liberdade, pois oferecem as aves maior variedade de sementes e outros nutrientes.
Nascida em março, a ave é do governo do Brasil, que encomendou há 20 anos à ONG Loro Parque Fundación o projeto específico de recuperação da arara de Spix, no qual o centro radicado na ilha espanhola de Tenerife investiu mais de US$ 720 mil. Como resultado, já conta com oito animais.
Rafael Zamora, biólogo do Departamento de Conservação do centro, explica que a Loro Parque Fundación é a maior reserva genética do mundo de psitácidas (papagaios, araras, periquitos, cacatuas, papagaios e periquitos), com um criadouro único com mais de 4.100 aves.
Por ano, no centro nascem 1.500 pássaros. Para o biólogo, o mais importante é que o centro representa um marco da reprodução de espécies extintas no ambiente natural.
É o caso da arara Spix, também conhecida como ararinha azul, extinta desde 2000 na caatinga brasileira, uma floresta primitiva de clima árido.
Nessa região vivia esta arara de voz especial e de tom azul único na natureza, de aparência frágil e delicada e que pode viver até 50 anos.
CATIVEIRO
O último exemplar em liberdade desapareceu pouco tempo após ser descoberta a espécie, devido às capturas.
Foi então que o governo brasileiro encomendou à Loro Parque Fundación a recuperação da espécie, pois o centro teve sucesso na reprodução de outras aves e no país de origem havia casais em cativeiro que não conseguiam se reproduzir.
O Brasil realizou a troca de exemplares na ilha, também em cativeiro, e há 14 anos nasceu a primeira arara Spix em Tenerife, fêmea que agora é a mãe do filhote.
O biólogo comenta que Tenerife é o local perfeito para estas aves pelo clima ameno e porque reproduz as mesmas condições do habitat natural, com uma dieta adequada e inclusive mais rica que em liberdade, pois oferecem as aves maior variedade de sementes e outros nutrientes.
Incêndio destrói 40% de reserva de cerrado em Goiás
Um incêndio já destruiu cerca de 40% da vegetação de cerrado do Parque Estadual dos Pirineus, em Pirenópolis (GO). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo começou no sábado (24) e até o início da tarde desta segunda-feira (26) ainda não havia sido totalmente controlado. O parque tem uma área total de cerca de 2,8 mil hectares.
“Nossa estimativa é que tenhamos conseguido preservar 60% da reserva, mas ainda estamos em fase de levantamentos. Sobre a área destruída, acredito que em um mês a situação já esteja normalizada, porque a vegetação estava bem baixa”, diz ao G1 o major Cléber Candido de Oliveira, comandante da Operação Cerrado Vivo. Cerca de 40 bombeiros trabalham no controle das chamas.
O Corpo de Bombeiros suspeita que o incêndio tenha começado em um acampamento próximo ao parque. O tempo seco teria favorecido o alastramento das chamas rapidamente. De acordo com os bombeiros, a última grande queimada no parque aconteceu há dois anos. (Fonte: G1)
“Nossa estimativa é que tenhamos conseguido preservar 60% da reserva, mas ainda estamos em fase de levantamentos. Sobre a área destruída, acredito que em um mês a situação já esteja normalizada, porque a vegetação estava bem baixa”, diz ao G1 o major Cléber Candido de Oliveira, comandante da Operação Cerrado Vivo. Cerca de 40 bombeiros trabalham no controle das chamas.
O Corpo de Bombeiros suspeita que o incêndio tenha começado em um acampamento próximo ao parque. O tempo seco teria favorecido o alastramento das chamas rapidamente. De acordo com os bombeiros, a última grande queimada no parque aconteceu há dois anos. (Fonte: G1)
sábado, 24 de julho de 2010
O Comitê de Bacia do Rio Paraguaçu Reuniu na Cidade de Rui Barbosa
Ocorreu a segunda reunião ordinária do Comitê de bacias do Rio Pareguaçu;o comitê de bacias do alto mádio e baixo paraguaçú. È o colegiado composto por representantes de usuários, enrigadores,pecuaristas, pescadores e prefeituras de toda extenção do rio paraguaçu, da sua nascente no municipio de Barra da Estiva na chapada diamantina,até o reconcavo baiano precisamente na Bahia de todos santos em Maragogipe. O Instituto de Gestão das Àguas e Clima INGÀ. O comitê aprovou as seguintes propostas. A criação de um grupo de trabalho do CBHP Com atribuições nas regiões do alto mèdio e baixo paraguaçu,constituido imediatamente.Parceria com o comitê da reserva da Biosfera da Caatinga para discussão e acompanhamento do médio paraguaçu;e revitalização de trechos da bacia do paraguaçu Educação ambietal nas comunidades ribeirinhas. Reposição das matas ciliares;Saneamento básico-Rio Subaé, Rio Santo Antonio, baixo paraguaçu, com ETE de São Felix e Cachoeira. Criação de uma unidade na nascente do rio paraguaçu.Educação ambiental formal e não formal; sustentabilidade com aumento da oferta de água em todo leito do rio paraguaçu. Intregação da secretaria da agricultura,coma secretaria de meio ambiente,a nivel local,via comitê de bacia escritórios do LMA e EBDA; A proxima reunião do comitê será na cidade de Barra da Estiva em 24 de setembro.Estaremos lá em nome do MAV representando a comunidade
quinta-feira, 22 de julho de 2010
ONU aposta na produção de mamona como biocombustível
Duas organizações das Nações Unidas ligadas à agricultura apostam no potencial do cultivo da Jatropha curcas, conhecida também como mamona da América, para produzir biocombustível e beneficiar os agricultores pobres.
Em um relatório publicado nesta quinta-feira (22), a Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) analisam a utilidade da mamona, à qual definem como um "cultivo promissor".
Para estas organizações, a Jatropha curcas cresce "razoavelmente bem em zonas áridas e em solos degradados de utilidade marginal para a agricultura" e "pode ser transformada em um biodiesel menos contaminante do que o de origem fóssil a fim de oferecer às famílias rurais pobres um combustível para produzir luz e cozinhar".
"Ao contrário de outros biocombustíveis importantes, como o milho, a mamona da América não é utilizada como alimento e pode ser cultivada em terras degradadas, onde não crescem plantas alimentícias", diz o relatório.
Pequenos
O texto completa: "A produção deste cultivo permitiria obter rendimentos em particular aos pequenos agricultores, aos moinhos de oleaginosas terceirizados e aos membros de plantações comunitárias ou aos trabalhadores das plantações privadas que o produzem".
Há uma ressalva, no entanto. A maior parte da mamona cultivada na América hoje é tóxica, um risco à saúde humana e impede o uso das sementes como alimento ao gado.
Daí a necessidade de apoiar a pesquisa para obter variedades melhores e não tóxicas.
Em 2008, foi semeado na América 900 mil hectares no mundo todo, dos quais 760 mil na Ásia, 120 mil na África e 20 mil na América Latina, e estima-se que para 2015 haverá cultivos de mamona da América em 12,8 milhões de hectares.
Aprevisão é que o maior país produtor da Ásia será a Indonésia; na África, os principais produtores serão Gana e Madagascar, e Brasil será o líder na América Latina.
Fonte: Folha.com
Em um relatório publicado nesta quinta-feira (22), a Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) analisam a utilidade da mamona, à qual definem como um "cultivo promissor".
Para estas organizações, a Jatropha curcas cresce "razoavelmente bem em zonas áridas e em solos degradados de utilidade marginal para a agricultura" e "pode ser transformada em um biodiesel menos contaminante do que o de origem fóssil a fim de oferecer às famílias rurais pobres um combustível para produzir luz e cozinhar".
"Ao contrário de outros biocombustíveis importantes, como o milho, a mamona da América não é utilizada como alimento e pode ser cultivada em terras degradadas, onde não crescem plantas alimentícias", diz o relatório.
Pequenos
O texto completa: "A produção deste cultivo permitiria obter rendimentos em particular aos pequenos agricultores, aos moinhos de oleaginosas terceirizados e aos membros de plantações comunitárias ou aos trabalhadores das plantações privadas que o produzem".
Há uma ressalva, no entanto. A maior parte da mamona cultivada na América hoje é tóxica, um risco à saúde humana e impede o uso das sementes como alimento ao gado.
Daí a necessidade de apoiar a pesquisa para obter variedades melhores e não tóxicas.
Em 2008, foi semeado na América 900 mil hectares no mundo todo, dos quais 760 mil na Ásia, 120 mil na África e 20 mil na América Latina, e estima-se que para 2015 haverá cultivos de mamona da América em 12,8 milhões de hectares.
Aprevisão é que o maior país produtor da Ásia será a Indonésia; na África, os principais produtores serão Gana e Madagascar, e Brasil será o líder na América Latina.
Fonte: Folha.com
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Grandes potências prometem reduzir consumo de energia
As principais economias do mundo, reunidas em Washington para uma cúpula sobre energia limpa, se comprometeram nesta terça-feira (20) a reduzir o consumo dos grandes “devoradores” de energia que são, por exemplo, os aparelhos de TV para economizar a produção de cerca de 500 usinas elétricas.
Outro ponto no qual os participantes concordaram foi a modificação das normas de construção para que os novos edifícios consumam menos energia.
Atualmente, os prédios grandes, como os edifícios de escritórios e fábricas, consomem metade da energia produzida no mundo.
Os ministros de Energia e altos funcionários de 21 países, entre eles Estados Unidos, França, China e Índia, se reúnem na capital americana a convite do governo Obama com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento de fontes de energia limpa.
No segundo e último dia de reunião, o secretário americano de Energia, Steven Chu, disse que os participantes concordaram com 11 iniciativas para promover as energias limpas. Chu manifestou a esperança de que estas diretrizes permitam poupar a energia produzida por 500 usinas elétricas de média capacidade nos próximos 20 anos.
Nesta cúpula, “tomamos consciência de que, colaborando, podemos conseguir mais e mais rápido do que trabalhando em separado”, disse Chu aos jornalistas.
Uma das iniciativas consiste em incitar os países participantes a encontrarem a forma para que os aparelhos eletrodomésticos, como televisões e refrigeradores, consumam menos eletricidade.
Estados Unidos, Japão, Índia e União Europeia prometeram engajar-se na iniciativa. (Fonte: Folha.com)
Outro ponto no qual os participantes concordaram foi a modificação das normas de construção para que os novos edifícios consumam menos energia.
Atualmente, os prédios grandes, como os edifícios de escritórios e fábricas, consomem metade da energia produzida no mundo.
Os ministros de Energia e altos funcionários de 21 países, entre eles Estados Unidos, França, China e Índia, se reúnem na capital americana a convite do governo Obama com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento de fontes de energia limpa.
No segundo e último dia de reunião, o secretário americano de Energia, Steven Chu, disse que os participantes concordaram com 11 iniciativas para promover as energias limpas. Chu manifestou a esperança de que estas diretrizes permitam poupar a energia produzida por 500 usinas elétricas de média capacidade nos próximos 20 anos.
Nesta cúpula, “tomamos consciência de que, colaborando, podemos conseguir mais e mais rápido do que trabalhando em separado”, disse Chu aos jornalistas.
Uma das iniciativas consiste em incitar os países participantes a encontrarem a forma para que os aparelhos eletrodomésticos, como televisões e refrigeradores, consumam menos eletricidade.
Estados Unidos, Japão, Índia e União Europeia prometeram engajar-se na iniciativa. (Fonte: Folha.com)
terça-feira, 20 de julho de 2010
Exxonmobil continua financiando céticos à mudança climática
A companhia petrolífera americana Exxonmobil violou seu próprio compromisso de não mais financiar grupos céticos sobre os efeitos da ação humana à mudança climática, informa nesta segunda-feira (19) o diário britânico "The Times".
Proprietária da Esso, a empresa contribuiu no ano passado com cerca de 1 milhão de libras (R$ 2,73 milhões) à campanha desses grupos contra a imposição de controles governamentais às emissões de gases do efeito estufa.
Alguns desses grupos foram muito críticos com os cientistas da Universidade de East Anglia (Inglaterra), aos quais acusaram de ter exagerado os perigos do aquecimento global depois da divulgação de e-mails trocados entre esses especialistas. Os e-mails foram roubados por um hacker, em episódio conhecido como "Climagate".
Uma investigação independente livrou neste mês os cientistas de qualquer responsabilidade, mas vários grupos financiados pela Exxon continuaram atacando-os.
O Media Research Centre, por exemplo, que obteve no ano passado 60 mil euros (R$ 138,2 mil) da Exxon, questionou essa investigação e voltou a criticar os cientistas britânicos, qualificando-os de "alarmistas da mudança climática".
Em 2007, a Exxonmobil publicou um relatório intitulado "Corporate Citizenship Report" (Relatório sobre Cidadania Corporativa), no qual se comprometia a deixar de financiar esses grupos.
No ano passado, a empresa voltou a dar garantias de que não tinha patrocinado uma conferência internacional dos céticos à mudança climática, realizada em Nova York.
No entanto, segundo matéria desta segunda-feira do "The Times", uma lista publicada neste mesmo mês pela empresa sobre suas contribuições e investimentos no mundo todo revela claramente que ela forneceu US$ 275 mil (R$ 490 mil) a quatro copatrocinadores daquela reunião, batizada Conferência Internacional sobre a Mudança Climática.
Bob Ward, do Instituto Grantham de Pesquisas sobre a Mudança Climática, da London School of Economics, expõe a contradição entre a promessa e a ação da empresa. "A Exxon se embarcou em uma campanha de relações públicas para convencer o mundo de que deixou de apoiar esses grupos. Mas não é verdade".
Segundo ele, "a Exxon continuou dando apoio financeiro a muitos grupos dedicados a convencer o público e os diversos responsáveis de que a mudança climática é um engano".
Proprietária da Esso, a empresa contribuiu no ano passado com cerca de 1 milhão de libras (R$ 2,73 milhões) à campanha desses grupos contra a imposição de controles governamentais às emissões de gases do efeito estufa.
Alguns desses grupos foram muito críticos com os cientistas da Universidade de East Anglia (Inglaterra), aos quais acusaram de ter exagerado os perigos do aquecimento global depois da divulgação de e-mails trocados entre esses especialistas. Os e-mails foram roubados por um hacker, em episódio conhecido como "Climagate".
Uma investigação independente livrou neste mês os cientistas de qualquer responsabilidade, mas vários grupos financiados pela Exxon continuaram atacando-os.
O Media Research Centre, por exemplo, que obteve no ano passado 60 mil euros (R$ 138,2 mil) da Exxon, questionou essa investigação e voltou a criticar os cientistas britânicos, qualificando-os de "alarmistas da mudança climática".
Em 2007, a Exxonmobil publicou um relatório intitulado "Corporate Citizenship Report" (Relatório sobre Cidadania Corporativa), no qual se comprometia a deixar de financiar esses grupos.
No ano passado, a empresa voltou a dar garantias de que não tinha patrocinado uma conferência internacional dos céticos à mudança climática, realizada em Nova York.
No entanto, segundo matéria desta segunda-feira do "The Times", uma lista publicada neste mesmo mês pela empresa sobre suas contribuições e investimentos no mundo todo revela claramente que ela forneceu US$ 275 mil (R$ 490 mil) a quatro copatrocinadores daquela reunião, batizada Conferência Internacional sobre a Mudança Climática.
Bob Ward, do Instituto Grantham de Pesquisas sobre a Mudança Climática, da London School of Economics, expõe a contradição entre a promessa e a ação da empresa. "A Exxon se embarcou em uma campanha de relações públicas para convencer o mundo de que deixou de apoiar esses grupos. Mas não é verdade".
Segundo ele, "a Exxon continuou dando apoio financeiro a muitos grupos dedicados a convencer o público e os diversos responsáveis de que a mudança climática é um engano".
China usa bactéria que se alimenta de petróleo para conter vazamento
Autoridades na China estão usando mais de 23 toneladas de bactérias que se alimentam de petróleo para ajudar a limpar o derramamento de óleo no mar Amarelo causado pela explosão e subsequente incêndio de um duto no fim de semana, informou nesta terça (20) a agência de notícias oficial Xinhua.
China luta para conter petróleo e afasta equipe do Greenpeace
Yang Jiesen, chefe da divisão de pesquisa e desenvolvimento de uma empresa de biotecnologia de Beijing, disse que a Administração de Segurança Marítima encomendou bactérias no sábado.
Dezenas de navios-escumadeira e centenas de barcos de pesca trabalharam para remover o óleo da cidade portuária de Dalian, no nordeste da China, após o acidente na sexta, que resultou no vazamento de 1.500 toneladas de óleo no mar.
É a primeira vez que a China usa biotecnologia para resolver um problema ambiental. O processo, conhecido como biorremediação, usa micro-organismos para quebrar alguns hidrocarbonetos tóxicos presentes no óleo, transformando-os em compostos menos prejudiciais. O procedimento foi usado para mitigar o vazamento do navio Exxon Valdez no Alaska em 1989.
O incidente em Dalian afetou o transporte de petróleo para o sul da China, pois o porto foi parcialmente fechado, mas as refinarias estão processando óleo estocado, então os preços não devem ser afetados, informou a Xinhua.
Enquanto isso, trabalhadores em Dalian estão usando barreiras para prevenir o espalhamento do maré negra. Mas existe o risco de que chuvas e vento fortes piorem a situação.
Até agora, pelo menos 46 toneladas de óleo foram capturadas. Inicialmente, o derrame cobria 50 km2, mas foi reduzido para 45 km2. Mas a agência Xinhua informou que uma coluna marrom escura estendeu-se por pelo menos 183 km2 sobre o oceano.
China luta para conter petróleo e afasta equipe do Greenpeace
Yang Jiesen, chefe da divisão de pesquisa e desenvolvimento de uma empresa de biotecnologia de Beijing, disse que a Administração de Segurança Marítima encomendou bactérias no sábado.
Dezenas de navios-escumadeira e centenas de barcos de pesca trabalharam para remover o óleo da cidade portuária de Dalian, no nordeste da China, após o acidente na sexta, que resultou no vazamento de 1.500 toneladas de óleo no mar.
É a primeira vez que a China usa biotecnologia para resolver um problema ambiental. O processo, conhecido como biorremediação, usa micro-organismos para quebrar alguns hidrocarbonetos tóxicos presentes no óleo, transformando-os em compostos menos prejudiciais. O procedimento foi usado para mitigar o vazamento do navio Exxon Valdez no Alaska em 1989.
O incidente em Dalian afetou o transporte de petróleo para o sul da China, pois o porto foi parcialmente fechado, mas as refinarias estão processando óleo estocado, então os preços não devem ser afetados, informou a Xinhua.
Enquanto isso, trabalhadores em Dalian estão usando barreiras para prevenir o espalhamento do maré negra. Mas existe o risco de que chuvas e vento fortes piorem a situação.
Até agora, pelo menos 46 toneladas de óleo foram capturadas. Inicialmente, o derrame cobria 50 km2, mas foi reduzido para 45 km2. Mas a agência Xinhua informou que uma coluna marrom escura estendeu-se por pelo menos 183 km2 sobre o oceano.
sábado, 17 de julho de 2010
ONU elogia reciclagem brasileira em relatório
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em um estudo divulgado nesta sexta-feira (16), destaca o exemplo positivo do Brasil como líder mundial na área de reciclagem.
Essa indústria emprega cerca de 170 mil pessoas no país, afirma o relatório.
O documento, intitulado "América Latina e Caribe: Perspectivas para o Meio Ambiente", aborda as atividades que devem ser seguidas na região e os desafios, como o aumento da escassez de água.
Segundo a agência, as diversas práticas inovadoras implementadas na América Latina e em outros locais do mundo mostram que medidas podem ser tomadas para aprimorar a sustentabilidade ambiental.
Uruguai e Caribe
Além do Brasil, o relatório cita como exemplos o estímulo ao uso de fontes alternativas de combustível no Uruguai e a práticas eficientes de energia no setor de turismo no Caribe.
De acordo com o Pnuma, a região continental é rica em biodiversidade e já existe um consenso entre vários setores sobre a necessidade de soluções para as ameaças ao ambiente.
Em relação a riscos, o informe aponta que a demanda por água na América Latina e Caribe subiu 76% entre 1990 e 2004 como resultado do crescimento demográfico.
Nesse sentido, o Pnuma também alerta que governos e sociedade civil precisam trabalhar juntos para criar políticas e instituições para combater a degradação ambiental nesses países. O estudo já está disponível no site do programa da ONU. Informações da Folha.
Essa indústria emprega cerca de 170 mil pessoas no país, afirma o relatório.
O documento, intitulado "América Latina e Caribe: Perspectivas para o Meio Ambiente", aborda as atividades que devem ser seguidas na região e os desafios, como o aumento da escassez de água.
Segundo a agência, as diversas práticas inovadoras implementadas na América Latina e em outros locais do mundo mostram que medidas podem ser tomadas para aprimorar a sustentabilidade ambiental.
Uruguai e Caribe
Além do Brasil, o relatório cita como exemplos o estímulo ao uso de fontes alternativas de combustível no Uruguai e a práticas eficientes de energia no setor de turismo no Caribe.
De acordo com o Pnuma, a região continental é rica em biodiversidade e já existe um consenso entre vários setores sobre a necessidade de soluções para as ameaças ao ambiente.
Em relação a riscos, o informe aponta que a demanda por água na América Latina e Caribe subiu 76% entre 1990 e 2004 como resultado do crescimento demográfico.
Nesse sentido, o Pnuma também alerta que governos e sociedade civil precisam trabalhar juntos para criar políticas e instituições para combater a degradação ambiental nesses países. O estudo já está disponível no site do programa da ONU. Informações da Folha.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Brasil desenvolve técnica para limpar petróleo no mar
O Brasil descobriu uma maneira simples e eficiente de retirar petróleo do mar após acidentes como o ocorrido com a BP, cujo método de limpeza foi criticado por biólogos e ambientalistas.
No caso da BP, o óleo recolhido está sendo queimado, e dispersantes químicos estão sendo jogados no mar para diluir a mancha.
Na solução brasileira, não apenas é possível retirar quase todo o petróleo derramado no mar como aproveitá-lo novamente, dizem pesquisadores. O método ainda aproveita a glicerina gerada pela crescente produção de biodiesel no país.
O pulo do gato, segundo o professor do Instituto de Macromoléculas da UFRJ, Fernando Gomes de Souza Júnior, 35 anos, que liderou os estudos, foi transformar a glicerina produzida com o biodiesel em um material plástico o mais parecido possível com o petróleo, a partir de uma demanda do governo.
"Hoje em dia são 100 mil toneladas por ano de sobra de glicerina. O governo tem investido em pesquisa para o uso dessa glicerina e um desses casos é o nosso", explicou à Reuters o professor capixaba que chegou há dois anos na UFRJ.
A previsão é de que em 2013, quando a mistura do biodiesel ao diesel no Brasil será elevada dos atuais 4% para 5%, sejam produzidas 250 mil toneladas de glicerina, produto que já é utilizado em detergentes, sabonetes e cosméticos.
"Por isso, consideramos esse produto viável comercialmente, porque a quantidade de glicerina que vai ser produzida é absurda e precisa de um destino para isso", afirmou.
O método, testado com sucesso em laboratório e em processo de registro de patente, consiste em transformar a glicerina do biodiesel em pó, que é jogado sobre o petróleo derramado. A substância nessas condições se transforma em uma espécie de massa plástica flutuante.
"Acontece um fenômeno natural entre o petróleo e esse plástico, a absorção, porque os dois são igualmente hidrofóbicos e se afastam juntos da água", explicou Souza Júnior.
Cada tonelada de glicerina retira 23 toneladas de petróleo, informou.
Para facilitar a retirada da mistura do mar, são acrescentadas partículas de ferro em escala nanométrica na massa plástica que pode ser então atraída por uma esteira magnetizada.
O petróleo, retirado junto à glicerina, recebe uma carga de querosene para ser filtrado.
"Na filtragem vai sair uma mistura de petróleo e querosene, isso pode ir para uma torre de destilação, ser fracionado, e seguir os processos petroquímicos convencionais", informou.
Antes trabalhando com o óleo da castanha de caju, a pesquisa da UFRJ deslanchou após o governo incentivar projetos que aproveitassem a glicerina produzida pelo biodiesel, com objetivo de proteger a cadeia produtiva da glicerina animal.
"Com isso, a gente não quebra a cadeia produtiva que já existe e ainda reaproveita tanto o petróleo retirado como a própria glicerina utilizada", avaliou, ressaltando que desde que foi iniciado o programa do biodiesel, o preço da glicerina vem caindo no mercado.
Financiada em parte pela UFRJ, os direitos da tecnologia foram transferidos para a universidade, que poderá se encarregar pela eventual comercialização do sistema.
Segundo Souza Júnior, uma fábrica para produção da glicerina usada no sistema pode ficar pronta em seis meses a partir do interesse de algum grupo em explorar a técnica.
No caso da BP, o óleo recolhido está sendo queimado, e dispersantes químicos estão sendo jogados no mar para diluir a mancha.
Na solução brasileira, não apenas é possível retirar quase todo o petróleo derramado no mar como aproveitá-lo novamente, dizem pesquisadores. O método ainda aproveita a glicerina gerada pela crescente produção de biodiesel no país.
O pulo do gato, segundo o professor do Instituto de Macromoléculas da UFRJ, Fernando Gomes de Souza Júnior, 35 anos, que liderou os estudos, foi transformar a glicerina produzida com o biodiesel em um material plástico o mais parecido possível com o petróleo, a partir de uma demanda do governo.
"Hoje em dia são 100 mil toneladas por ano de sobra de glicerina. O governo tem investido em pesquisa para o uso dessa glicerina e um desses casos é o nosso", explicou à Reuters o professor capixaba que chegou há dois anos na UFRJ.
A previsão é de que em 2013, quando a mistura do biodiesel ao diesel no Brasil será elevada dos atuais 4% para 5%, sejam produzidas 250 mil toneladas de glicerina, produto que já é utilizado em detergentes, sabonetes e cosméticos.
"Por isso, consideramos esse produto viável comercialmente, porque a quantidade de glicerina que vai ser produzida é absurda e precisa de um destino para isso", afirmou.
O método, testado com sucesso em laboratório e em processo de registro de patente, consiste em transformar a glicerina do biodiesel em pó, que é jogado sobre o petróleo derramado. A substância nessas condições se transforma em uma espécie de massa plástica flutuante.
"Acontece um fenômeno natural entre o petróleo e esse plástico, a absorção, porque os dois são igualmente hidrofóbicos e se afastam juntos da água", explicou Souza Júnior.
Cada tonelada de glicerina retira 23 toneladas de petróleo, informou.
Para facilitar a retirada da mistura do mar, são acrescentadas partículas de ferro em escala nanométrica na massa plástica que pode ser então atraída por uma esteira magnetizada.
O petróleo, retirado junto à glicerina, recebe uma carga de querosene para ser filtrado.
"Na filtragem vai sair uma mistura de petróleo e querosene, isso pode ir para uma torre de destilação, ser fracionado, e seguir os processos petroquímicos convencionais", informou.
Antes trabalhando com o óleo da castanha de caju, a pesquisa da UFRJ deslanchou após o governo incentivar projetos que aproveitassem a glicerina produzida pelo biodiesel, com objetivo de proteger a cadeia produtiva da glicerina animal.
"Com isso, a gente não quebra a cadeia produtiva que já existe e ainda reaproveita tanto o petróleo retirado como a própria glicerina utilizada", avaliou, ressaltando que desde que foi iniciado o programa do biodiesel, o preço da glicerina vem caindo no mercado.
Financiada em parte pela UFRJ, os direitos da tecnologia foram transferidos para a universidade, que poderá se encarregar pela eventual comercialização do sistema.
Segundo Souza Júnior, uma fábrica para produção da glicerina usada no sistema pode ficar pronta em seis meses a partir do interesse de algum grupo em explorar a técnica.
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